terça-feira, 10 de janeiro de 2012

10 Mandamentos para fazer o seu dinheiro crecer

Não há fórmula mágica que permita multiplicar as poupanças. Mas existem algumas regras que podem transformar tostões em milhões.
1 - Gastar só o que se tem
As facilidades de crédito concedidas pelas instituições financeiras antes da crise levou muitas famílias a sobreendividarem-se. A crise económica e financeira obrigou os Estados e as famílias a fazerem um processo de desalavancagem. Um processo penoso: os números do BdP mostram que em Junho havia 630 mil famílias que estavam a falhar os pagamentos dos seus empréstimos. Para evitar cair nesta situação, a regra é simples: os encargos das famílias não podem exceder os seus rendimentos.
2 - Planear
Tal como as empresas fazem a contabilização dos gastos e das receitas, assim deve funcionar uma família. A existência de um orçamento familiar, em que se identifiquem as receitas do agregado e também se contabilizem todos os encargos é um exercício fundamental para evitar entrar numa situação de ‘défice excessivo'. Só assim saberá verificar quais as despesas supérfluas que poderão ser cortadas. Preste atenção aos pequenos gastos. Se, por exemplo, optar por beber um café por dia em casa, em vez de o tomar no café, conseguirá poupar 200 euros ao final de um ano.
3 - Comparar
Comparar rima com poupar. E isto aplica-se tanto nas decisões mais quotidianas (como quando vai fazer as compras de supermercado), como em decisões mais sérias, como é o caso de quando tem de escolher o melhor banco para fazer o crédito para compra de casa. Neste caso, por exemplo, o consumidor deve começar por pedir simulações ao banco onde tem um maior envolvimento e comparar a proposta com a de bancos concorrentes, para ver qual é a instituição que lhe oferece melhores condições.
4 - Prevenir infortúnios
Esta é mais uma regra de ouro que todos os livros de finanças pessoais referem: as famílias devem guardar um pé-de-meia equivalente a seis salários do agregado familiar para servir de fundo de emergência. Desta forma, o orçamento familiar não será afectado caso haja uma situação imprevista, como uma doença, a morte de um dos membros da família, ou mesmo uma situação de desemprego.
5 - Saber rentabilizar as poupanças
Tão importante como conseguir poupar é saber onde aplicar as poupanças. Isto porque o valor do seu pé-de-meia poderá ser engolido pela inflação. Imagine que tem 10.000 euros e os coloca debaixo do colchão. Se não fizer nada, daqui a 30 anos esse pé-de-meia valerá apenas 4.100 euros, estimando uma taxa média anual de inflação de 3%. Por isso, é importante garantir que encontra aplicações financeiras que remunerem acima da inflação.
6 - Saldar as dívidas primeiro
Utilize o subsídio de Natal e de férias sobretudo para amortizar dívidas. Recorde-se que o BdP impôs nos últimos anos novas regras aos bancos para a cobrança de comissões pela amortização e transferência do crédito à habitação e ao consumo. No caso da habitação os bancos não podem cobrar uma penalização superior a 0,5%, se a taxa de juro for variável, ou 2%, se fixa. Isto significa que se tiver 15 mil euros para amortizar no crédito da casa, o banco não lhe poderá cobrar mais de 75 euros, por essa operação, num crédito de taxa variável.
7 - Evitar prolongar o prazo dos créditos
Quanto mais longo for o pagamento do empréstimo, maiores serão os encargos com juros. No entanto, muitas famílias não se dão conta desta realidade, porque as prestações mensais acabam por ser mais reduzidas. Por exemplo, se fizesse no início do ano um crédito à habitação de 100 mil euros a pagar em 20 anos, o custo final seria de 121 mil euros. Se optasse por fazer o mesmo empréstimo a 40 anos, o custo final dispararia para 145 mil euros.
8 - Cortar no supérfluo
Tempos de austeridade exigem medidas de austeridade, tanto para o Estado como para as famílias. A solução passa por cortar nos gastos supérfluos. Diminuir o número de refeições fora de casa, escolher frequentar os transportes públicos e optar por comprar produtos de marca branca são exemplos de decisões que muitas famílias deverão ter de tomar.
9 - Informar-se
Informação é poder. E para ter acesso às melhores informações sobre as soluções de poupança e a gestão de dinheiro nem precisa de sair de casa. Basta ligar-se à internet. Aqui ficam alguns sites indispensáveis a ter em conta: http://clientebancario.bportugal.pt e www.saldopositivo.cgd.pt. No site do Diário Económico (www.economico.pt) poderá também aceder a várias calculadoras que tornam mais fácil e eficiente a gestão do seu dinheiro.
10 - Procure ajuda
Um dos erros que muitas famílias sobreendividadas cometem é pedir ajuda quando já é tarde demais. Ou seja, quando as famílias já têm vários créditos em incumprimento, uma situação que torna mais complicada a renegociação das dívidas. Antes de chegar a uma situação extrema, comece por recorrer ao apoio do seu circulo familiar. Poderá também encontrar ajuda nos gabinetes de apoio ao sobreendividado da Deco.

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